Crítica: The Good Fight (1a Temporada)

Após o final chocante e decepcionante de The Good Wife no ano passado, eu estava mais do que pronta para embarcar nesta nova jornada com Diane Lockhart (Christine Baranski) no spin-off The Good Fight.

Com apenas 10 episódios nesta primeira temporada, a série tem mais liberdade do que sua predecessora, já que está disponível no serviço pago da CBS nos EUA. Isso significa que os personagens podem falar palavrão, por exemplo, ou usar termos mais sexualmente explícitos. Isso não afeta, no entanto, a qualidade da narrativa, que continua rica e inteligente.

Criado por Michelle King e Robert King, os mesmos criadores de The Good WifeThe Good Fight segue a história de Diane quando ela decide se aposentar. Quando ela está pronta para fazê-lo, um novo escândalo econômico surge e ela percebe que perdeu todas as suas economias. Como ela não pode voltar para seu antigo escritório, decide se juntar a Reddick, Boseman e Kolstad, um escritório de advocacia inteiramente formado por advogados negros.

Lá, ela se reúne com Lucca Quinn (Cush Jumbo), que também deixou o escritório anterior, embora não tenha sido dada muita explicação sobre o porquê. Ela menciona Alicia Florrick (Julianna Margulies) algumas vezes, mas esta não aparece na série. O retorno de Lucca é muito bem-vindo, já que sua personagem tinha muito espaço para se desenvolver em The Good Wife, e agora o público tem outra chance de vê-la em ação.

Os telespectadores também descobrem que Diane tem uma afilhada, Maia Rindell (Rose Leslie), que é uma advogada recém-formada e ansiosa para aprender e trabalhar. O problema, no entanto, é que seus pais (interpretados por Bernadette Peters e Paul Guilfoyle) estão sendo investigados justamente pelo escândalo econômico que deixou Diane falida.

Como aconteceu em The Good Wife, este programa tem muitas referências a eventos atuais, principalmente políticos. A primeira cena é Diane assistindo, incrédula, a Donald Trump fazendo o juramento como Presidente dos Estados Unidos. A ideia de trazer o debate político para um programa de TV é sempre bem-vinda, especialmente quando é bem feito. Não apenas os tópicos são abordados, mas também surge uma discussão entre os personagens, com diferentes pontos de vista.

Naturalmente, o drama inerente aos escritórios de advocacia também está lá, com as pessoas lutando para ser sócias ou promovidas, etc., mas eles são rapidamente resolvidos.

O elenco é extremamente bom, com Christine Baranski mostrando ao público que havia mais de Diane Lockhart do que havia sido mostrado antes. Personagens recorrentes, como Marissa Gold (Sarah Steele), Mike Kresteva (Matthew Perry) e Elsbeth Tascioni (Carrie Preston) são adorados pelo público e adicionam mais comédia (e um pouco de drama) à trama.

O personagem que se destaca, no entanto, é Maia Rindell. Ela está presa no meio do escândalo, com seu pai indo para a cadeia e sua mãe com um comportamento suspeito. Além disso, ela deve lidar com a pressão no escritório de advocacia e as ameaças constantes que recebe de pessoas que também perderam dinheiro por causa dos esquemas de sua família. Rose Leslie faz um excelente trabalho de retratar uma personagem inicialmente ingênua, que lentamente entende que ninguém é inocente. A última cena da temporada deixou isso claro, caso ela tivesse alguma dúvida.

Em suma, The Good Fight é um grande spin-off, com um formato que nos deixa querendo mais, já que 10 episódios não são suficientes para cobrir todo o drama em Chicago.



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